quinta-feira, 28 de abril de 2011

HOMENAGEM A DONA SARAH CABRAL

Dona Sarah faleceu
deixando muita saudade
mora na eternidade
um anjo que aqui viveu
voltou pro seu apogeu
é a lei que nos convém
resta fazermos também
como Sarah fez história
REPOUSA AGORA NA GLÓRIA
QUEM AQUI SÓ FEZ O BEM.

Uma rosa de bondade
e aroma benfazejo
aqui só tinha um desejo:
praticar a Caridade,
cultivando a verdade
não menosprezou ninguém
serviu sem olhar a quem
por certo alcançou vitória
REPOUSA AGORA NA GLÓRIA
QUEM AQUI SÓ FEZ O BEM
(Anilda Figueirêdo)

terça-feira, 26 de abril de 2011

COMO APRENDI O ABC

No tempo em que as escola
era escassa no sertão
professora e aprendiz
educava a região
na base da palmatória
eu e minha irmã Gulora
recebemo educação.

Margarida era o nome
do diabo da professora
falava com arrogância
como se fosse doutora
com a palmatória na mão
quando pedia a lição
parecia a diretora.

Para aprender o ABC
todo dia eu estudava:
um B cum A beabá
e assim  assoletrava
mas uma sílaba cum C
que eu tinha que dizer
sofria mas não falava.

Já tava com uns 30 dias
que eu não dava a lição
Margarida ameaçava
5 bolo em cada mão
de quem nessa sexta-feira
tivesse com tremedeira
errando sem precisão.

E a professora dizia
pra depois eu repetir:
um C cum A ceacá
um C cum I ceici
e um C cum U diga agora
depois de muita demora
eu começava a pedir:

Professora num queira não
porque isso é muito feio
é um  termo indescente
mas aí por esses meio
depois de muita agonia
até que chegou o dia
que a minha mãe interveio:

Foi lá dentro bem depressa
e com a ponta afiada
do canivete de pai
acabou com a massada
então eu me alegrei
e no outro dia voltei
pra escola preparada.

Porém dona Margarida
sentiu falta das letrinha
partiu pra cima de mim
e da minha irmã Glorinha
foi tão grande o alarido
que estrondou nos ouvido:
cadê as letras Chiquinha?

Eu sem poder nem falar
fiquei naquele vai-não-vai
com a palmatória na mão
a professora entra e sai
Gulora diz: professora,
o C cum U mamãe rapou
com o canivete de pai.

Dito isso a profesora
segurou as minhas mão
foi 10 bolo em cada uma
sai rolando no chão
quando tornei o sentido
tava com o pé d´ouvido
queimando só cansanção.

O tempo passou...

A minha irmã é professora
num sítio em Caruaru
nossa mestra Margarida
morreu pras bandas do Sul
e eu faço verso mas confesso
que eu nunca fiz um verso
terminando em C cum U.
(Anilda Figueiredo)

domingo, 24 de abril de 2011

ACERTO DE CONTAS

Na virada desse século
um casal que parecia
que era muito bem casado
com medo da profecia
de que o mundo ia acabar
resolveram perdoar
o que os dois houvesse feito
assim naquele momento
cheios de arrependimento
descpbriram os defeitos.

Ele disse pra mulher:
quando nós moremo ali
na subida do mercado
tu lembra de Roseli
que era mesmo um violão
endoidei o coração
e tu nunca percebeu
pois pra gente se acertar
tu vai ter que perdoar
aquele corpo foi meu.

Ela disse: e tu se lembra,
marido do coração,
da casa que nós morava
perto da Exposição?
Num tinha o Corpo de Bombeiro?
Foi só pegar o primeiro
pois todos gostaram deu
Sinto muito te contar
Tu também vai perdoar:
o Corpo inteiro foi meu!
(Anilda Figueiredo)

sábado, 23 de abril de 2011

CHEGANDO NO IMPROVISO

Tô chegando na Internet
pra fazer o meu papel
vou mostrar o Cariri
através do meu cordel
minha terrinha querida
orgulho da minha vida
meu pedacinho de céu.
(Anilda Figueiredo)